domingo, fevereiro 04, 2007

Futebol pára 15 dias em Itália !!!

O futebol em Itália vai parar 15 dias e recomeçará depois com duas jornadas de jogos à porta fechada. Seguir-se-ão medidas drásticas, tais como a proibição das claques dos clubes visitantes acompanharem as suas equipas e a presença de contingentes de polícia de choque, com poderes de excepção, em todos os locais onde eventualmente possam surgir cenas de violência, antes, durante e após os jogos tidos como potencialmente de alto risco. Todo este conjunto de medidas que deverá ser oficializado nas próximas horas, foi adiantado hoje num conjunto de jornais italianos de referência como a Gazzetta dello Sport, Il Messaggero, La Stampa e o Corriere della Sera e segue-se às cenas de violência que rodearam o encontro entre o Catânia e o Palermo, que redundaram na morte de um polícia e na consequente suspensão de todos os campeonatos de futebol italianos. A imagem é do agente da autoridade, Filippo Raciti, que faleceu ao ser atingido por um engenho explosivo na cara. Um acto criminoso que não pode passar impune, e que está a levar as polícias da Sicília a fazerem uma verdadeira caça ao homem em busca do responsável por este homicídio. As últimas informações davam conta de 22 detenções entre os Ultras do Catania, continuando as investigações a decorrer. O presidente do Catania, António Pulvirenti já anunciou que se vai demitir do cargo em consequência dos actos violentos que rodearam o dérbi entre o seu emblema e o Palermo.

sábado, fevereiro 03, 2007

Imagens Catania-Palermo

Futebol italiano parado após graves incidentes no derby Catania-Palermo

Um dos dérbis do futebol siciliano, entre o Palermo e o Catania, ficou manchado por incidentes que terminaram na morte de um polícia. Segundo as autoridades da ilha da Sicilia, o agente Filippo Raciti faleceu depois de atingido na cara por um artefacto explosivo. Este foi, de resto, o ponto mais negro de uma noite cheia de incidentes no estádio Angelo Massimino, na Catania.As hostilidades começaram com confrontos entre as claques das duas equipas. A entrada dos adeptos do Palermo, apesar de muito policiados, fez-se ao som de insultos lançados contra a claque do Catania, o que provocou uma troca de artefactos pirotécnicos. A polícia foi então obrigada a intevir, lançado gás lacrimogéneo para as bancadas. Isso tornou o ar irrespirável, o que obrigou os jogadores a recolherem aos balneários. O jogo esteve então interrompido por 40 minutos. Depois disso houve ainda confrontos entre os adeptos do Palermo e a polícia, no exterior do estádio, mas o jogo pôde chegar ao fim, tendo os visitantes triunfado por 2-1 no terreno do Catania. A lançar gasolina para o lume esteve o facto dos dois golos do Palermo terem sido irregulares, um em fora-de-jogo e outro com a mão, o que ampliou, e de que maneira, a ira dos Ultras do Catania. Até à tragédia foi apenas um passo.SUSPENSÃO. A Federação Italiana de Futebol (FIGC) anunciou esta sexta-feira a suspensão de todos os jogos oficiais marcados para o fim-de-semana, na sequência da morte do polícia nos incidentes do Catania-Palermo. Luca Pancalli, responsável máximo pela FIGC, assumiu a decisão, após a reunião extraordinária realizada esta noite. A suspensão aplica-se a todos as competições, incluindo as não-profissionais e os campeonatos dos escalões de formação. Tendo-se tratado de um foco de violência localizado, assente na rivalidade regional entre dois dos clubes da Sicília, talvez pareça uma decisão extemporânea e desajustada por parte das autoridades italianas, que não tomaram medidas tão drásticas aquando do "Calciocaos", que manchou severamente o futebol italiano. No entanto, e tendo em conta os pequenos episódios de confrontos que vão sucedendo semanalmente, esta medida procura ter efeitos pedagógicos e preventivos, procurando suscitar uma reflexão profunda e evitar que outras situações lamentáveis ocorram no futuro.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

O Louco derby romano


A Lazio venceu sem discussão (3-0) um Dérbi Eterno vivido em circunstâncias muito especiais. É que os Irriducibili mantêm uma postura de protesto resultante da detenção de quatro dos seus "capos", acusados de associação criminosa para tirar da presidência do clube o actual líder, Claudio Lotito, abrindo caminho para um antigo jogador, Claudio Chinaglia.Os engavetados foram Fabrizio Toffolo, Juri Alviti, Fabrizio Piscitelli e Paolo Arcivieri, apanhados em escutas telefónicas que o MEGAFONE já leu em conversas que fazem o Apito Dourado parecer uma brincadeira de crianças. Os elementos dos Irriducibili pretendiam que Lotito deixasse a cadeira do poder porque teriam garantias de que todo o "marketing" do clube ficaria a seu cargo, uma verdadeira galinha dos ovos de ouro, tendo chegado ao ponto de fazer ameaças físicas graves ao dirigente e à sua família, isto com a polícia a gravar. De resto, existem ainda provas de que foram responsáveis por agressões a elementos da comunicação social e mais algumas situações dúbias pelo meio, entre as quais vários episódios de chantagem.De qualquer forma, este rude golpe nos Irriducibili teve o condão de originar uma onda de solidariedade na Curva Sud do Olímpico. Por isso, na semana passada a claque "laziale" lançou um comunicado anunciando que voltaria a apoiar activamente a equipa no Dérbi Eterno deste domingo, mas sem dirigir cânticos ou "striscioni" ofensivos às cores "romanistas", como sintoma de reconhecimento pela postura dos Ultras "giallorossi". O MEGAFONE vai acompanhar de perto a evolução deste escândalo e quando se justificar voltaremos ao tema.Quando ao que se passou nas bancadas do Estádio Olímpico, a noite ficou marcada pela coreografia da Curva Sud e também por algumas mensagens bem humoradas dos "tifosi" que em muito contribuem para o folclore positivo deste tipo de partidas. Podem apreciar uma recolha das melhores imagens na MEGAFONE FOTOPAGE. Apesar da aparente concórdia dentro da Curva, no exterior do Olímpico é sempre difícil sossegar alguns espíritos mais exaltados. O balanço da noite dá conta de vários "scontri", com 3 adeptos da Lazio a serem esfaqueados por Ultras da Roma.